Nossa História
eita, já
se vão
13 anos!
Bastante conhecida do público brasileiro, a expressão “Eita!” costuma indicar surpresa, espanto ou uma reação súbita diante de uma situação inesperada. E, como explica a gramática da língua portuguesa, é um tipo de palavra que permite comunicar e despertar emoções e afetos com espontaneidade e simplicidade.
Mas como lembram os(as) integrantes da cooperativa EITA, “para além de uma divertida sigla”, quando o nome da cooperativa é apresentado por extenso – Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão –, somos levados(as) a refletir sobre os princípios que orientam suas práticas. Como informam a expressão e a sigla, a cooperativa EITA é fruto da interseção entre afetos, emoções e princípios tecno políticos e pedagógicos. É uma história que convidamos todas as pessoas a conhecer e que, neste ano, completa 13 anos de existência.
histórias plurais
Essa história, que se inicia em 2011, é a continuação de outras tantas histórias individuais e coletivas que se cruzaram num momento oportuno e para as quais foi dado um novo direcionamento. Por ser resultado da confluência entre histórias plurais, a trajetória de formação da cooperativa EITA envolve uma grande quantidade de pessoas que dela participaram e seguem participando de forma direta ou indireta.
Mas, para que histórias plurais se cruzem e se perpetuem por novos caminhos, é preciso que certos valores, ideias e atitudes sejam compartilhados pelos sujeitos dessas histórias. Como veremos, no núcleo desse compartilhamento encontram-se os princípios e as práticas da economia solidária, aos quais se somam outros fundamentos, técnicas e condutas emancipatórias que têm origem em movimentos como o software livre e o cooperativismo, alinhados a valores libertários vinculados às lutas por reforma agrária, por moradia, pela agroecologia, do feminismo, contra a violência no campo e pela igualdade racial, dentre outras.
A formação da cooperativa é marcada por trajetórias que falam sobre importantes e decisivos momentos de virada, desses que transformam a percepção sobre o mundo e sobre as relações humanas. Viradas caracterizadas pela experiência de se distanciar dos espaços restritos da universidade, do trabalho e da formação política teórica, para vivenciar, por exemplo, o cotidiano de um assentamento do MST e acompanhar de perto as demandas reais do movimento, levando a uma nova percepção dos equipamentos utilizados pelas pessoas e a identificação das dificuldades que enfrentavam com os artefatos e suas interfaces gráficas.
Experiências de virada nas relações com o mundo do trabalho, saindo de uma realidade trabalhista predatória e alienante, característica da lógica capitalista de exploração e acumulação, em direção a experiências laborais com propósito, autonomia e autogestão. Trajetórias até mesmo curiosas de primos que, apesar dos laços familiares, somente experimentaram a proximidade após compartilharem experiências de pesquisa e trabalho em um mesmo “núcleo de engenharia que trabalha com economia solidária e tecnologia social”.
Há os casos de cooperados(as) em que a atuação no campo político é uma realidade desde a adolescência, envolvendo representação e participação em grêmio estudantil, passando pela atuação político-partidária e pela aproximação e envolvimento com a Economia Solidária, dentro e fora da Universidade. Casos em que a prática docente, na chave da educação emancipadora, ou o envolvimento com o movimento software livre são o ponto de partida para a aproximação e identificação de novos(as) cooperados(as) da EITA com princípios caros à economia solidária.
As trajetórias dos(as) cooperados(as) da EITA são repletas de experiências desse tipo de interseção. E cada uma dessas histórias ecoa nas relações que os(as) cooperados(as) alimentam entre si, relações permeadas de afeto, acolhimento e cuidado mútuo. Na história de formação da EITA, portanto, os valores e as práticas da economia solidária são ora o ponto de partida, o estímulo sentido pelas pessoas que a fundaram, ora o ponto de atração de novos(as) integrantes.
“em direção a experiências laborais com propósito, autonomia e autogestão”
É por esse motivo que, para contar a história de criação da cooperativa EITA, é preciso recuar um pouco mais no tempo e voltar ao ano de 2009, pois foi naquele ano que o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) teve a iniciativa de desenvolver um sistema de informação para auxiliar na comercialização de empreendimentos de economia solidária recém mapeados. Como informam os(a) cooperados(as) da EITA, “o sistema pretendia oferecer uma vitrine dos produtos de cada empreendimento, além de outras ferramentas de interação social, como um blog”. Esse sistema foi batizado com o nome de “Cirandas”, mas dado o sucesso do Orkut naquele contexto ficou também carinhosamente conhecido como “o Orkut da economia solidária”.
O sistema Cirandas foi desenvolvido pela cooperativa de desenvolvimento de software livre situada na cidade de Salvador, a Coolivre, em parceria com o FBES e outras entidades que financiaram o projeto de desenvolvimento de uma plataforma genérica de redes sociais que recebeu o nome de Noosfero. A plataforma Noosfero foi usada pelo Cirandas.net e, posteriormente, foi adotada por instituições como a USP, a UFBA e o SERPRO.
A gestão do desenvolvimento do Cirandas.net foi feita pelo Movimento de economia solidária, por intermédio do FBES, em parceria com o Núcleo de Solidariedade Técnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Soltec/UFRJ). Foi aí que se percebeu, na prática, o descompasso entre as reais necessidades dos movimentos sociais e a compreensão dos(as) desenvolvedores(as) de software. Nas palavras dos(as) cooperados(as) da EITA, “Ficou clara a lacuna existente entre o conhecimento técnico na área de programação e a vivência de quem compõe o movimento de economia solidária.”
Essa experiência foi vivenciada como estímulo para que um grupo de militantes de movimentos sociais, em sua maioria com conhecimentos técnicos na área de software, se reunisse para criar os meios para suprir as demandas pelo desenvolvimento especializado de sistemas de informação para movimentos sociais. E foi assim que, em maio de 2011, aconteceu o encontro de fundação do coletivo Educação, Informação e Tecnologias para Autogestão (EITA), que alguns anos mais tarde se tornaria a Cooperativa EITA.
Entre 2011 e 2014, a EITA funcionou informalmente, mas o aumento de fluxo de trabalho levou à formalização do grupo e consequente criação da cooperativa. Atualmente, a cooperativa EITA conta com 13 trabalhadores(as) cooperados(as), com idades entre 30 e 50 anos, distribuídos(as) entre os estados de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. A sede formal da cooperativa fica cidade de Caldas-MG, onde também vivem dois de seus cooperados(as).
“ficou clara a lacuna existente entre o conhecimento técnico na área de programação e a vivência de quem compõe o movimento de economia solidária.”
desafios da
autogestão
Do ponto de vista da organização interna, a cooperativa EITA enfrentou diversas dificuldades que vão desde a falta de regularidade de reuniões, quando o coletivo dava os seus primeiros passos, até os desafios financeiros que acompanham toda iniciativa autogestionária, passando por experiências de projetos que não deram certo. Cada uma dessas experiências orientou tanto a elaboração de novas estratégias de funcionamento, quanto a criação de sistemas de suporte à organização do trabalho.
No primeiro caso, além das reuniões serem irregulares, a comunicação se dava por e-mail e as informações eram compartilhadas através de uma pasta no Dropbox. Essa dinâmica logo apresentou seus limites, mas além disso, os(as) integrantes do grupo também buscavam uma alternativa que pudesse oferecer maior dinamicidade na comunicação, ao mesmo tempo em que fosse baseada em software livre. Depois de buscarem algumas ferramentas disponíveis, os(as) cooperados(as) optaram por “desenvolver uma integração entre uma ferramenta de nuvem de arquivos (Nextcloud) e uma ferramenta de troca mensagens instantâneas (Element/Matrix)”.
Batizado de Rios, o software livre criado pelos(as) cooperados(as) da EITA foi lançado em 2017 durante o III Encontro Regional Sul da Rede das Produtoras Culturais Colaborativas, realizado em Porto Alegre, e já ofertava “um serviço mensal por assinatura para organizações sociais que desejassem um ambiente de trabalho que oferecesse segurança e privacidade aos dados”. Quanto às reuniões, na medida em que se tornaram regulares, os(as) cooperados(as) passaram a realizá-las através do Jitsi Meet, um aplicativo de código aberto que é usado, sobretudo, para videoconferência. O aplicativo permite a realização de chamadas sem a necessidade de identificação (login) e tem recursos como chat, interação e compartilhamento de tela.
Já em relação ao desafio financeiro, um passo importante foi dado com a criação do sistema Bambirra, em 2019. Até então a organização financeira da cooperativa era feita através de planilhas, mas o aumento da complexidade da gestão financeira levou os(as) cooperados(as) a desenvolver um projeto interno para um software de gestão do fluxo de caixa.
O Bambirra – nome dado em homenagem à economista marxista Vânia Bambirra, uma das formuladoras da teoria da dependência – é um sistema que permite que cada cooperado(a) insira, ao final de cada mês, o número de horas trabalhadas e a qual projeto as horas estão associadas.
Dessa forma, além de calcular a remuneração, o sistema também permite monitorar o número de horas trabalhadas em cada projeto e sua relação com orçamento previsto. O Bambirra também permite o registro dos pagamentos recebidos e realizados, gerando com isso um fluxo de caixa e um livro-caixa, que é enviado mensalmente à contabilidade.
Em seus 13 anos de existência, a EITA realizou mais de 150 trabalhos, para cerca de 110 clientes, dentre eles movimentos sociais, organizações não governamentais, grupos de pesquisa acadêmica e não acadêmica e cooperativas.
E como é característico da cooperativa, os projetos realizados são diversos e incluem visualização de dados (20, 57%), elaboração de sistema de gestão interno (17,45%), sites institucionais (13,30%), aplicativos mobile (13,20%), identidades visuais (8,3%), mapas (5,90%), organização de trabalhos coletivos (4,61%), acervos/bibliotecas (3,78%), lojas online (3,66%), apoio ao ensino (3,57%) e aplicativos web (2,77%).
a resolução de problemas concretos e diários
Se houve experiências de projetos que não deram certo, essas permitiram, dentre muitos outros aprendizados, que os(as) cooperados(as) apurassem a percepção e o trabalho prévio de diagnóstico da viabilidade dos projetos. Dos meios de avaliação e ponderação sobre o interesse em relação aos projetos e análise da viabilidade de sua execução, dois deles merecem destaque. O primeiro corresponde à obrigatoriedade de se tratarem de projetos relacionados à ação de movimentos sociais progressistas – projetos sem esse tipo de vínculo são imediatamente rejeitados pelos(as) cooperados(as).
O segundo meio diz respeito à análise da relação entre as demandas reais, práticas e cotidianas dos movimentos e a elaboração de soluções tecnológicas para essas demandas, ou seja, sistemas de gestão, aplicativos de celular, lojas virtuais, dentre outros, que efetivamente sejam empregadas na resolução de problemas concretos e diários.
Como se trata de uma cooperativa de trabalhadores(as) com uma estrutura autogestionária, o elemento de coesão do grupo não é dado pela presença de um “patrão” ou “líder” que dá as ordens enquanto os(as) demais obedecem. Como lembra um dos cooperados, o elemento de coesão é garantido pelo envolvimento com a atividade fim da cooperativa. Isso implica no engajamento político e militante com as pautas de movimentos sociais progressistas de quem são parceiros.
Texto elaborado por Ana Carolina Barbosa Pereira, professora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia (PPGH UFBA) a quem agradecemos a parceria na reconstrução da memória dos 13 anos da nossa Cooperativa.
Durante 2023-24, contamos com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia (PROEXT/UFBA), via Chamada de Apoio a Ações Pontuais de Extensão, que possibilitou a reformulação do site da EITA.
Linha do Tempo
A gente se encontrou nos movimentos sociais pelo Brasil.
Também foi ponto de encontro, os desenvolvimentos do Cirandas.net para o Fórum Brasileiro de Economia Solidária e do Geofarejador, um mapa de iniciativas de economia solidária e agroecologia.
Quando completamos 10 anos, em 2011, começamos a revisitar nossa trajetória, buscando os aprendizados. Demos início a uma sistematização da nossa experiência que não se concluiu.
No início de 2023, no XX Encontro Carnal, analisamos nossa linha do tempo de decisões e memórias. Neste mesmo ano, aconteceu um encontro muito importante! A professora Ana Carolina Barbosa Pereira (Carol), da UFBA, propôs e foi selecionado um projeto de extensão para contribuir com a escrita da memória de 13 anos da EITA. O texto acima é da Carol e a Linha do Tempo abaixo é uma produção da EITA.
A Linha do Tempo que apresentamos aqui, foi conversada e validada no XXII Encontro Carnal, em 2024.
2011
I Encontro Carnal em Arrozal/ RJ
A ideia de construir um coletivo de trabalho se concretizou num encontro em maio de 2011, em Arrozal, RJ.
Participaram do I Encontro Carnal: Alan Tygel, Bráulio Bhavamitra, Daniel Tygel, Eugênia Motta, Pedro Jatobá e Rosana Kirsch.
Dia da Economia Solidária
15 dezembro de2011 a gente celebrou o Dia da Economia Solidária!
Sites: FBSSAN e ANA
Esses foram os primeiros trabalhos realizados como coletivo: site do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
2012
II Encontro Carnal em São Leopoldo/RS
Neste encontro definimos o que orienta o valor da hora técnica e hora recebida por cada atividade realizada: o que precisamos para viver.
Também foi o encontro em que iniciamos a reflexão sobre a necessidade da formalização.
Proprietários do Brasil
O desenvolvimento da plataforma Proprietários do Brasil envolveu a criação de um algoritmo e um trabalho profundo de ciência de dados que expôs informações geralmente ocultas do poder político e econômico do Brasil. Trabalho realizado junto com o Instituto Mais Democracia, do Rio de Janeiro.
Com este trabalho, a cooperativa:
– Iniciou a transição do Joomla para o WordPress
– Desenvolveu o seu primeiro plugin para WordPress
– Criou o Github da EITA
– Teve ampla divulgação em jornais de circulação nacional: acesse algumas matérias sobre a plataforma
III Encontro Carnal em Caldas, MG
Neste encontro chegaram o André Monteiro e o Caio Formiga.
Decidimos pela formalização da EITA como cooperativa em Salvador, BA (mas não foi dessa vez!) e elaboramos a primeira versão do estatuto da cooperativa.
2013
IV Encontro Carnal em Camaçari/ BA
Neste encontro definimos indicadores e análises para os trabalhos do coletivo e ritos de entrada e saída do grupo. Celebramos a chegada da Fernanda Nagem na EITA. Também decidimos por formalizar a cooperativa em Novo Hamburgo, RS, dando início ao processo na Junta Comercial que levou 9 meses até termos o CNPJ.
I Chamada para Codeira/o
A entrada na EITA se dá pelo trabalho. Uma forma é a partir de chamadas públicas onde apresentamos o perfil que o coletivo busca. Neste ano abrimos a primeira chamada para que um/a nova/o programador/a integrasse a cooperativa.
V Encontro Carnal na Rosa dos Ventos, em Caldas/ MG
Até 2013 realizamos investimentos em forma de trabalho que foram remunerados posteriormente. Neste Encontro Carnal, a importante decisão foi que a partir de 2014 todos os trabalhos realizados na EITA seriam remunerados. Também decidimos ter reuniões semanais da cooperativa. Neste encontro celebramos os 40 anos do Daniel Tygel numa bonita festa comunitária e celebramos a chegada do Vinícius Brand no coletivo.
Fórum de Economia Solidária de Novo Hamburgo
Participamos como empreendimento do Fórum de Economia Solidária de Novo Hamburgo, onde foi a sua primeira sede.
Identidade visual
A Aicó criou a identidade visual da EITA, com a arte de Bernardo Vaz.
Financiamentos coletivos
EITA realizou, junto com Instituto Mais Democracia e Fórum Brasileiro de Economia Solidária, financiamentos coletivos no Catarse.me para realizar o desenvolvimento das plataformas Proprietários do Brasil e Cirandas.net, respectivamente.
Proprietários do Brasil https://www.catarse.me/portalproprietariosdobrasil#about
Cirandas.net https://www.catarse.me/cirandasnoface?ref=ctrse_explore_pgsearch
Primeiro site da EITA
Nosso primeiro site foi criado no cirandas.net, plataforma do Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
2014
Formalização da Cooperativa de Trabalho EITA
Após 9 meses de termos dado entrada da nossa documentação na Junta Comercial do Rio Grande do Sul, passamos a ter o CNPJ como Cooperativa de Trabalho em 13/01/2014, em Novo Hamburgo, RS.
1ª Licença Parental
Nasceu o filho de um dos cooperados e a EITA organiza o pagamento da licença parental conforme a necessidade da família.
VI Encontro Carnal em Rio de Janeiro/ RJ
O encontro aconteceu no mesmo mês em que a cooperativa remunerou, formalmente, as primeiras retiradas das pessoas cooperadas.
VII Encontro Carnal em Imbassaí/ BA
Neste encontro analisamos em profundidade as avaliações dos clientes sobre o nosso trabalho.
Gitlab da EITA
Nos libertamos do Github, que havia sido incorporado à Microsoft.
2015
VIII Encontro Carnal em Aldeia, Camaragibe/ PE
Como realizar prospecções para novos trabalhos foi um dos temas deste encontro.
Biofortificados
Realizamos a pesquisa sobre alimentos biofortificados para o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional acessando os dados via Lei de Acesso à Informação.
2016
IX Encontro Carnal em Caldas/ MG
Refletimos sobre o modelo de negócio para os serviços da cooperativa. Decidimos apostar no desenvolvimento de uma plataforma para gestão e organização de informações soberanas. Naquele momento, pensamos em uma tecnologia para ser oferecida como o principal serviço e sustento da cooperativa.
X Encontro Carnal em Caldas/ MG
Chegada do Bernardo Vaz na EITA com o trabalho de design.
Durante o Encontro, realizamos um evento no Recantico embalado pelo DjVirgulinux.
RIOS
Nasce a plataforma RIOS – Rios de Informações Organizadas, com o nome inicial de Caderno de Campo.
Mudança na gestão do Cirandas.net
Outra organização assume a manutenção e hospedagem do Cirandas.
Portal do Consumo Responsável e aplicativo Responsa
Numa parceria com a Cooperativa COLIVRE, a EITA desenvolve o primeiro aplicativo!
Lançamos o Responsa, desenvolvido para e junto com o Instituto Kairós. A identidade visual do Responsa foi realizada em parceria com o Estúdio Gunga.
2017
XI Encontro Carnal em Caldas/ MG
Encontro dedicado para trabalho presencial de desenvolvimento do RIOS.
Mapa das Feiras Orgânicas
O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) chamou a EITA para desenvolver o Mapa das Feiras Orgânicas, que mantivemos até 2021.
Lançamento do RIOS
Durante o Encontro das Produtoras Culturais Colaborativas, a EITA lançou o RIOS!
2018
XII Encontro Carnal em Belo Horizonte/ MG
Este foi um encontro dedicado ao tema agroecologia: Durante o ano tivemos diálogos como movimento de agroecologia sobre formas de agregar mapeamentos do movimento de agroecologia.
Novidade! Site EITA
Lançamento de um novo site para a EITA, em WordPress.
Infosanbas
Desenvolvimento do Painel de Dados Infosanbas para a pesquisa sobre saneamento rural do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) da Escola de Engenharia da UFMG.
O Infosanbas é um site de dados abertos, com integração de diversas bases de dados oficiais e de movimentos sociais.
Gaia
Início da parceria com a Comissão Pastoral da Terra para a gestão dos dados sobre violência no campo no Brasil. O sistema Gaia permite registar e gerir uma gigantesca base de dados, integrando antigas bases numa ferramenta versátil e potente de cruzamento de dados.
Primeiro trabalho da EITA em Django.
Colheitas: Agroecologia Em Rede
Junto com a Articulação Nacional de Agroecologia, a Associação Brasileira de Agroecologia e a FIOCRUZ iniciamos o desenvolvimento de um sistema para coleta e mapeamento dados em agroecologia, o Agroecologia em Rede (AeR). Um painel de grande relevância no cenário agroecológico que oferece flexibilidade de criação de mapeamentos, integrando diferentes iniciativas existentes. Esta é uma parceria que se iniciou entre os anos de 2009 e 2010, por um dos cooperados da EITA.Junto com a Articulação Nacional de Agroecologia, a Associação Brasileira de Agroecologia e a FIOCRUZ desenvolvemos a plataforma Agroecologia em Rede, fruto de uma parceria que antecede a formação da cooperativa. O painel até hoje tem grande relevância no cenário agroecológico que oferece flexibilidade de criação de mapeamentos, integrando diferentes iniciativas existentes.
A identidade visual do AeR foi realizada pelo Estúdio Gunga.
2019
XIII Encontro Carnal em Ubatuba/ SP
Neste encontro criamos as condições para remunerar o descanso semanal. Chegada do Fábio na EITA!
LUME
A ASP-TA chamou a EITA para criar um sistema para o LUME – uma metodologia potente para assessoria técnica em agroecologia. Seguimos junto com a ASP-TA implementando as melhorias no sistema.
XIV Encontro Carnal em Aracaju/ SE
A cooperativa participou do Congresso Brasileiro de Agroecologia onde realizou uma oficina sobre tecnologia da informação. Depois, ficamos em Sergipe para a nossa Assembleia. Neste encontro decidimos pela criação do Sistema Bambirra para a gestão administrativo-financeira da EITA.
Planeta Solidário
Lançamento da série Planeta Solidário, produzida pelo Laboratório Cisco, com direção de Renato Tapajós. Participamos do episódio Tecnologia da Informação: Economia do Código Aberto.
Castanhadora premiada
O aplicativo Castanhadora, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IIEB) e desenvolvido pela EITA, foi premiado pela UNESCO! Este é um trabalho que teve início em 2019.
Leia aqui a matéria sobre o Prêmio de Inovação Social das Nações Unidas recebido pelo Castanhadora.
2020
XV Encontro Espiritual
Este encontro foi durante a pandemia de COVID-19. Foi o primeiro encontro que realizamos online e chamamos de Encontro Espiritual. Camilla na EITA!
Varal
Com a pandemia, o Coletivo 105 nos procurou para uma parceria de desenvolvimento de uma ferramenta para apoio à atividades educativas online, junto a comunidades indígenas. Assim surgiu o Varal!
Sites em WordPress
Neste ano entregamos as duas primeiras lojas: Cooperativa Terra Livre/MST e Agroecoloja.
Realizamos a reformulação do site do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Implementamos o site da Coalizão de Direitos na Rede, tendo sido contratados via chamada pública.
Lançamos o plugin EITA GCR (Grupo de Consumo Responsável).
Pirarucu
Junto com o Coletivo do Pirarucu, a EITA criou o protótipo de um sistema a ser usado pelo IBAMA para controle da pesca e usos do Pirarucu. Este trabalho envolveu a análise dos fluxos e das exigências legais para pesca do pirarucu com criação de protótipo do sistema de controle governamental.
Tô no Mapa
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e a Rede Cerrado chamam a EITA para desenvolver o aplicativo Tô no Mapa, mantido até hoje pela cooperativa.ento de melhorias: uma ferramenta potente, simples, madura e inovadora para auto mapeamento de Territórios de povos e comunidades tradicionais.
2021
XVI Encontro Espiritual
Seguíamos na pandemia da Covid-19 e realizamos mais uma assembleia online. Nesta, fizemos uma avaliação detalhada dos trabalhos e definimos que toda primeira reunião semanal de cada mês seria feita uma análise coletiva de aspectos financeiros e de gestão de cada trabalho.
10 anos!
Fizemos um ciclo de atividades com a participação de organizações e movimentos sociais com os quais já realizamos trabalhos, também com coletivos que são nossas parcerias como a Cooperativa Cantrust e a COLIVRE. Várias organizações enviaram vídeos comemorando nossos 10 anos!
Armazém do Campo
Em parceria com o núcleo do Tecnologia da Informação do MST e os Armazéns do Campo, desenvolvemos um site onde é possível localizar as lojas. Junto com o Armazém do Campo de Londrina, criamos uma loja virtual padrão que passou a ser implementada para os outros Armazéns.
Mapa Nimuendaju
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) junto com a Universidade Federal do Pará, contaram com a EITA para implementar um mapa web com o mapeamento realizado por Curt Nimuendaju: com informações normalmente de difícil acesso e que agora está na internet.
XVII Encontro Carnal e Espiritual Caldas/ MG
Realizamos um encontro híbrido e fizemos uma reflexão sobre o patriarcado com apoio da Zadi Zaro. Foi criado um Fundo de Apoio a Cooperadas/os. Lucas e Alessandra na EITA!
2022
XVIII Encontro Carnal no Vale do Capão/ BA
Entre temas do encontro estiveram Educação Popular, Software Livre e Design. Fizemos a primeira sistematização da nossa organização interna, com a elaboração do regimento interno. Realizamos uma atividade pública, presencial, no Circo do Capão.
Novidades no RIOS
O RIOS ganhou uma nova identidade visual e atualizações.
XIX Encontro Espiritual
Nesse encontro, qualificamos os estudos de análise da hora técnica da EITA.
Sementes
Em parceria com o Núcleo de Solidariedade Técnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NIDES-UFRJ) e coletivos usuárias/os do plugin para Grupos de Consumo Responsável (GCRs), lançamos o plugin WordPress Sementes para Cestas Agroecológicas e GCRs.
Design
A Marcha das Margaridas criou sua identidade visual com a EITA!
Criamos a logo, ilustrações e variações de uso. A produção artística foi da cooperada Alessandra.
2023
XX Encontro Carnal em Esmeraldas/ MG
Realizamos análises dos trabalhos e parcerias da cooperativa, com foco sobre as tecnologias usadas, nossas metodologias e sua relação com educação popular.
App Pegadas
Lançamento do aplicativo Pegadas, em parceria com a Fundação Vitória Amazônia (FVA). O aplicativo foi desenvolvido com tecnologia P2P, com funcionamento offline e aspectos de gamificação.
MST
Neste ano, seguimos com a manutenção dos sites do MST e da Cooperativa Terra Livre. Assumimos as melhorias do site da Editora Expressão Popular e seguimos implementando as lojas virtuais do Armazém do Campo.
Dois novos projetos são iniciados: um sistema para a Escola Nacional Florestan Fernandes e o sistema para a assessoria técnica agroecológica na cidade de Maricá, via Cooperar.
Sistematização dos 13 anos da EITA!
A professora Ana Carolina Barbosa Pereira deu início ao projeto de extensão de recuperação da memória dos 13 anos da EITA.
Este trabalho de pesquisa em diálogo com as integrantes da cooperativa teve apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia (PROEXT/UFBA), via chamada de apoio a ações pontuais de extensão.
Despejo zero
Desenvolvemos para o Fórum Nacional de Reforma Urbana e a Campanha Despejo Zero o sistema de Mapeamento Nacional de Conflitos pela Terra e Moradia: importante auto mapeamento das lutas de comunidades.
Nem presa nem morta
A partir do layout criado pela Campanha Nem Presa Nem Morta, implementamos o site que é uma ferramenta da estratégia de comunicação em favor da descriminalização do aborto no Brasil.
XXI Encontro Carnal Caldas/MG – Rosa dos Ventos
10 anos depois, voltamos à Rosa dos Ventos!
Nesta Assembleia, se cooperaram Victor, Bianca e Fred!
Dedicamos para analisar aspectos de prospecção e da nossa dedicação para atividades de gestão da cooperativa.
Decidimos por reformular nosso site para que mostre as tecnologias e conhecimentos que oferecemos.
2024
Saúde do Campo, Florestas e Águas
Relançamento dos sites SERPOVOS e Participatório em Saúde e Ecologia de Saberes, do grupo de pesquisa da FIOCRUZ/CE. Em anos anteriores criamos as identidades visuais e os sites que foram ferramentas de coleta de dados da pesquisa.
Neste ano, fizemos a reformulação para apresentação dos resultados das pesquisas-ação participante.
Mas vale lembrar que em 2014 já estávamos juntas/os com o OBTEIA: na pesquisa, identidade visual e plataforma online.
XXII Encontro Carnal Búzios/ RJ
Encaminhamentos sobre método mobile first, uso de inteligência artificial e o WordPress.
Voaflix
Lançamento da plataforma Voaflix que reúne a produção gráfica e audiovisual do Centro Sabiá: um enorme acervo!
Novo site da EITA
No final do ano, lançamos o site reformulado e com a história da cooperativa.