Diálogo entre movimentês e computês

Somos uma cooperativa e desenvolvemos tecnologia em diálogo com movimentos sociais populares, redes e instituições de pesquisa.

22 de julho de 2024O Agroecologia em Rede (AeR) é uma iniciativa inovadora que surgiu no início dos anos 2000, fruto do esforço colaborativo de diversas entidades, incluindo a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Cooperativa EITA e uma ampla rede de organizações e movimentos sociais. A plataforma Agroecologia em Rede oferece uma infraestrutura robusta que permite às redes do campo agroecológico se auto identificarem e sistematizarem suas experiências. Através de critérios e categorias definidas pelos próprios usuários, o AeR facilita a coleta e análise de dados, contribuindo significativamente para a pesquisa, mapeamento e sistematização de práticas agroecológicas. Com recursos para gerar mapas e relatórios analíticos, o sistema oferece uma visão abrangente da distribuição e das dinâmicas das experiências e organizações agroecológicas em todo o país. A Importância dos mapeamentos na Plataforma AeR para o Centro de Excelência contra a Fome. Através dos diversos mapeamentos disponíveis na plataforma, é possível visualizar e analisar as diferentes iniciativas e organizações agroecológicas. Essas informações são fundamentais para identificar e fortalecer as ações desenvolvidas em diversos territórios, promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre os praticantes da agroecologia. Com a capacidade de gerar análises detalhadas, o AeR se consolida como uma ferramenta essencial para todos que buscam entender e promover a agroecologia no Brasil. Esse tipo de plataforma colabora com as ações de Cooperação Sul-Sul desenvolvidas pelo Centro de Excelência contra a Fome do WFP, pois contribui para o mapeamento de iniciativas agroecológicas que podem servir como boas práticas para países parceiros. Em março de 2024, por exemplo, o Centro de Excelência contra a Fome realizou uma visita técnica com a delegação do Congo, incluindo uma visita à Fazenda Pública Joaquin Piñero, conhecida por sua diversidade de cultivos e produção agroecológica. A fazenda oferece ações pedagógicas e alimentos para instituições públicas. A agenda também incluiu uma visita à Praça Agroecológica, um espaço público que incentiva a produção de alimentos orgânicos com técnicas de preservação ambiental, e ao Quilombo do Campinho, que possui uma produção autônoma de diversos alimentos na floresta agroecológica, abastecendo a Escola do Quilombo do Campinho. A busca por soluções agroecológicas no contexto da Alimentação Escolar está fortemente presente na agenda global. Sendo assim, o Centro de Excelência contra a Fome utiliza os conhecimentos e as inovações do Brasil em programas de agroecologia, agricultura familiar e alimentação escolar para inspirar países do sul-global, envolvendo o fortalecimento institucional e treinamento de cooperativas de agricultores familiares e escolas. Agroecologia: Mitigação Climática e Benefícios para os Agricultores Segundo a Coalizão de Agroecologia, os sistemas alimentares atuais são responsáveis por um terço das emissões globais de gases de efeito estufa e por quase 80% da perda de biodiversidade. Em geral, são monoculturas dependentes de produtos químicos, o que as torna vulneráveis a doenças e choques imprevistos.  Essas práticas também contribuem para a destruição da floresta, o deslocamento de comunidades, as desigualdades sociais, a poluição da água e a degradação do solo. A precariedade dos meios de subsistência e as desigualdades sociais enfrentadas por muitos agricultores e trabalhadores do sistema alimentar, em especial mulheres, povos indígenas e jovens, exacerbam as dificuldades de garantir uma nutrição adequada para todos. A agricultura industrial não é compatível com o enfrentamento dessas condições. Considerando isso, a agroecologia oferece uma solução para essa transformação. Os princípios da Agroecologia são aplicáveis a todas as formas de agricultura sustentável e sistemas de produção de alimentos, incluindo plantações, pecuária e sistemas pastoris, agrofloresta, pesca e aquicultura. Além disso, eles se aplicam ao processamento, comercialização e consumo de alimentos. A adoção desses princípios promove a igualdade de gênero, torna a agricultura mais atraente para os jovens, gera renda, melhora as condições de vida e contribui para dietas saudáveis. Além de sua forte contribuição potencial para a resiliência do sistema agrícola contra os impactos da mudança climática, para a conservação da biodiversidade e para reverter as tendências de degradação da terra. O conhecimento tradicional dos agricultores, combinado com a inovação nas práticas e o uso sustentável de tecnologias, está no centro de um sistema agrícola agroecológico. As práticas de cultivo mantêm a alta produção agrícola e a diversidade de animais integrados em um ecossistema agrícola que facilita a reciclagem de biomassa, nutrientes, água e energia. Dessa forma, essas práticas garantem a saúde e a qualidade do solo, diminuindo as erosões e a perda de água. Explore o Agroecologia em Rede e junte-se a essa rede de inovação e sustentabilidade: https://agroecologiaemrede.org.br/ Fontes: Agroecologia em Rede. (2024, June 11). https://agroecologiaemrede.org.br/ Agroecology Coalition. (2024, June 6). What is agroecology – Agroecology Coalition. https://agroecology-coalition.org/what-is-agroecology/ How agroecology can respond to a changing climate and benefit farmers. (2019, December 18). IFAD. https://www.ifad.org/en/web/latest/-/story/how-agroecology-can-respond-to-a-changing-climate-and-benefit-farmers [...] Continue lendo...
16 de abril de 2024A Conferência Livre foi adiada. Em breve informaremos a nova data. A atividade propõe a discussão acerca da estruturação de um serviço digital unificado do estado brasileiro. Uma iniciativa voltada para o desenvolvimento de Plataformas Digitais de Interesse Público no Brasil, baseadas em Software Livre, com infraestrutura de hardware e software compartilhados entre o Governo Federal, estadual e municipal, envolvendo instituições públicas de processamento de dados e de ensino, na forma de um consórcio público de infraestrutura digital.✅ Confira o link para inscrição em: https://doity.com.br/conferncia-livre-para-a-v-cncti Os tópicos tratados são: Discussão de proposta para a criação de plataformas alternativas às grandes empresas de tecnologia (BigTechs), baseadas em softwares livres, com uma arquitetura distribuída e colaborativa, de forma consorciada entre os entes envolvidos. Proposição de modelos de garantia da privacidade, segurança e controle dos dados dos usuários com a soberania digital em perspectiva. Promoção da economia solidária local, da inclusão digital, da autonomia tecnológica e da inovação. Fortalecimento das culturas e conhecimentos ancestrais e da diversidade, incorporando seus saberes na discussão, visando a construção de uma proposta diversa e que respeite os mais diversos preceitos e valores. CRONOGRAMA 8h20 – Abertura e orientações 8h40 – Roda de conversa 1: ESTRUTURAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DIGITAL FEDERADA DO ESTADO BRASILEIRO A Soberania Digital em perspectiva: Professor Sérgio Amadeu da Silveira (UFABC) 10h40 – Roda de conversa 2: ESTRUTURAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DIGITAL FEDERADA DO ESTADO BRASILEIRO O Serviço Digital Federado em perspectiva: Professor Frederico Gonçalves Guimarães (PMBH) 14h – Roda de conversa 3: SOFTWARE LIVRE E ECONOMIA SOLIDÁRIA Trabalho coletivo e sem patrão numa cooperativa de trabalho: Rosana Kirsch (EITA) [...] Continue lendo...