TICs & agroecologia

AeR: histórias de uso

Na reconstrução do novo AeR, mais um processo de escuta está aberto fazendo o que a Agroecologia gosta e conhece bem: contar causos!

Para participar sugerimos 3 passos bem simples:

  1. Ler as histórias apresentadas abaixo e nos comentários.
  2. Pense em algo que acha importante que o novo Agroecologia em Rede deva possibilitar.
  3. Crie um personagem, e usando a sessão de comentários ao final desta página, use sua imaginação para descrever como o novo Agroecologia em Rede pode ajudar a resolver problema, e criar novas possibilidades.

1. Jornalista consulta mapa para obter dados e contatos

Kevin fará uma matéria sobre agroecologia para um jornal online. O foco devem as experiências na região do Sul de Minas. Kevin entra no site, e digita “Sul de Minas” no filtro de localização. Um painel de de indicadores aparece na tela, informando: o número de experiências na região, as categorias presentes (agrofloresta, feiras, NEAs) os municípios onde há mais experiências, os produtos produzidos, etc). Além das informações gerais, Kevin também gostaria de entrevistar uma experiência. Assim, ele navega pelo mapa até a experiência mais próxima da sede do jornal. Lá encontra o contato do Sítio Libertas, em Santa Rita de Caldas, e combina uma visita para fazer a entrevista.

2. Técnico de ONG mapeia experiências para sistematização do projeto

Ana dos Santos trabalha na ONG Vida Feliz, que executa projetos de agroecologia. Em todos os projetos, há sempre um grande trabalho na hora da prestação de contas: além de juntar as notas fiscais, é preciso relatar as visitas aos agricultores incluindo detalhes sobre a produção, renda, alimentação etc. Ao iniciar um novo projeto, Ana opta pelo serviço de apoio a projetos do Agroecologia em Rede. Após a contratação online, a equipe do AeR cria o novo projeto, onde Ana é administradora. Ao entrar no subsite do projeto, ela começa a organizar as fichas: cadastro dos agricultores/as, cadastro das propriedades, cadastros dos mercados, etc. O trabalho é facilitado, pois ela pode utilizar modelos prontos de outros projetos. Todos os campos do cadastro são privados, isto é, não ficam públicos no AeR. Porém, alguns campos podem ser marcados como públicos para consulta no site. Durante o projeto, Ana vai relatando as atividades de mutirão em cada propriedade, bem como as experiências de comercialização e produção de insumos. Ao final do projeto, Ana seleciona as experiências e gera o relato consolidado, selecionando os itens de cada experiência que devem constar no relatório.

3. Órgão de fomento consulta AeR para elaboração de edital

Marcos Dias Gomes é diretor-executivo do Banco da Agroecologia, instituição financeira do governo federal criada para fomentar a agroecologia no Brasil. Marcos deseja abrir um novo edital de fomento à redes de agroecologia. Como este será o 12o edital deste tipo, é necessário criar alguns critérios para escolha das redes a serem apoiadas no novo edital. Marcos abre o painel de dados sobre a redes de agroecologia e descobre que: (a) As redes da região sul beneficiam, em média, mais famílias do que as redes da região Nordeste; (b) A região centro-oeste tem o menor número de famílias beneficiadas; (c) Nenhuma rede atua nos estados do Maranão nem do Acre; (d) O recurso dos editais anteriores aplicados em redes que possuiam entre 5 e 9 anos de existência na época do fomento resultaram nos maiores retornos. A partir destas informações, Marcos elaborou o edital com foco em corrigir as distorções observadas, bem buscando maximizar o retorno social do dinheiro investido.
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15 comentários sobre “AeR: histórias de uso”
  • Bernardo Vaz Responder
    8 de agosto de 2018 at 15:34

    A Articulação Unidas da Agricultura Urbana (AUAU) deseja sistematizar as experiências de agroecologia na cidade do Crato (CE). Então assinou por 2 anos (R$29,90/mês) a ferramenta de coleta e organização de dados do AeR. Marília e equipe escolheram um modelo de ficha com 15 questões sugeridas pelo sistema e incluíram outras 5. As 15 entradas nativas alimentam o banco de dados comum do AeR. Mas no painel privado da AUAU a equipe vê gráficos e mapas composto a partir das 25 perguntas.

  • Carlos Eduardo Responder
    13 de agosto de 2018 at 23:02

    Todas, as 3 histórias, tratam de temas bastante ligados, tanto ao fomento e fortalecimento do modelo agroecológico, como no fortalecimento de sua estruturação e um reconhecimento. Como também garantir a devida visibilidade dos trabalhos. Uma ação que sempre é utilizada, e que ajuda são as visitações nas propriedades. Servem como troca de experiências, um reconhecimento de consumidores e parceiros. Que pode também contemplar o campo do “Turismo Rural”, pensar em Roteiros de viagens que ofertem, como que um serviço como experiência, aprendizagem e descanso. Também organizar um calendário, nas propriedades com demandas, como construções etc…, criar cursos de formação, onde mutirões possam reunir mestres, aprendizes entre os participantes. ( onde todos trazem alguma forma de contribuição: conhecimento, mão de obra e ou até pagamento para participar e aprender.
    Boas horas longas, em nossos dias, sempre.

  • Tônica Responder
    21 de agosto de 2018 at 12:13

    Intercâmbio através dos Núcleos de Agroecologia (NEAs): Humberto acaba de concluir o curso técnico de agroecologia no IF Iemanjá no litoral da Bahia e deseja prestar vestibular, mas antes, deseja realizar alguns estágios pelo Brasil. Pela experiência prévia construída no Núcleo de Agroecologia no IF, ele entra no AeR e pesquisa a base de dados de todos os NEAs da região Amazônica, território que pretende estudar os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Humberto faz a pesquisa pela região e pelo tema dos SAFs e verifica que no sul do Amazonas há inúmeras experiências agroecológicas e pesquisas cadastradas na Universidade Aberta dos Povos da Floresta que articula uma Rede Kayapó que reúne não só NEAs, mas movimentos e organizações da sociedade civil e grupos de comercialização de produtos da floresta. Ele entra em contato com a equipe do Núcleo e com a Rede Kayapó e marca uma reunião virtual para entender e definir melhor sua escolha.

  • Kelly Responder
    21 de agosto de 2018 at 12:25

    Palavras Andantes – boletins virtuais sistematizadores: Mateus e Tarzan são dois irmãos gaúchos que rodam o Brasil há alguns anos. No roteiro, experiências de agroecologia que possam acolhê-los em troca de trabalho na roça e intercâmbios. Apesar de não gostarem muito de planejamos prévios, neste último mês, ao definirem o Vale do Ribeira como território de passagem, a dupla acessa o AeR para pesquisar as principais experiências locais que possam se tornar abrigo e inspiração durante a caminhada. Ao visualizarem os endereços das organizações atuantes no territórios, aproveitam para ler outros relatos produzidos sobre o Vale do Ribeira, durante os CBAs e pela CTVale (Cooperativa das Trabalhadoras do Vale). A CTVale organiza os “Nossos Quintais” há mais de dez anos reunindo histórias de quem, assim como eles, passa, vive e trabalha por lá. Contatos anotados, antes de saírem da plataforma do AeR, eles anexam o relato da experiência vivenciada por eles em mais uma edição do evento “Troca de Sabores e Culturas”, realizado na Zona da Mata Mineira. Para eles, o AeR é um GPS dos intercâmbios, fonte de conteúdos e uma forma de socializar os boletins, breves textos com relatos de experiências, que eles escrevem na caminhada.

  • Tamires Responder
    21 de agosto de 2018 at 12:28

    Estudante define tema de TCC a partir de pesquisa no AER: Clara está no último ano de Agronomia na Universidade Popular de Estudos Holísticos, localizada no assentamento Flor do Cerrado. Apesar de conhecer a realidade da Reforma Agrária, quer integrar seus interesses pelos experimentos de laboratório com as demandas prioritárias das comunidades quilombolas. Como ela estuda em Goiás, ela deseja fazer pesquisas de campo no estado. Ela entra no AeR e define como filtros: estado de Goiás e os territórios quilombolas. Em seguida, seleciona a base de dados dos relatos de experiências submetidos nos últimos Congressos Brasileiros de Agroecologia (CBAs) sobre o tema das sementes nos territórios selecionados e identifica que há alguns registros sobre o manejo e conservação de sementes crioulas na Terra Quilombola “Oxum das Águas”. Ela contacta as autoras dos relatos, visita a região e em conjunto com sua orientadora planeja suas oficinas de observação e pesquisa participante.

  • Cidinha Responder
    3 de setembro de 2018 at 13:00

    Agricultores(as) familiares da Zona da Mata de Minas Gerais tem identificado entre seus grupos e coletivos a potencialidade de produtos agroecológicos no âmbito da agroindústria, tais como geléias, pães, bolos, biscoitos, iogurtes, queijos. Todavia, é recorrente a análise das dificuldades associadas à adequação, de cumprimento das exigência tanto do MAPA, quanto da vigilância sanitária. No esforço de compreender como outros grupos de agricultores(as) agroecológicos(as) tem trabalhado com essas questões em diferentes lugares do Brasil, já que além de termos sanitaristas, há também questões relativas a diferenças históricas e sociais no âmbito de conformação de agroindústrias, os(as) agricultores(as) da Zona da Mata utilizam o AeR para coletar práticas, atuais e de acúmulo histórico (fruto da caminhadas agroecológica), que deram certo, que ofereçam estratégias e inspirações para construir caminhos locais. Num encontro interessante entre distintas práticas localizadas o AeR fomenta não a possibilidade simples e direta de replicação, mas as muitas traduções a partir da ideia comum de agroecologia, que permitiram aos(as) agricultores(as) da Zona da Mata readaptar práticas e “visitar” experiências que acontecem no país.

  • Uschi Responder
    3 de setembro de 2018 at 16:43

    Na escola Profº Antônio Carlos Soares, localizada na periferia da cidade satélite de Tabatinga, duas professoras do ensino fundamental decidiram iniciar um projeto de horta pedagógica. O conhecimento prévio sobre agroecologia fez com que recorressem ao AeR. No site, as professoras pesquisaram por agricultura urbana e sementes crioulas na região centro-oeste e DF. Elas encontraram a horta comunitária Colheita Feliz, no DF, onde um grupo de 14 agricultores e agricultoras cultivam alimentos e plantas medicinais. Foi feito contato inicial e agendada a visita dos estudantes à horta. Ao retornarem, orientados pelas professoras e com bagagem cheia de vivência, os alunos, animados, prepararam dois canteiros. Semearam sementes de hortaliças e ervas medicinais, doadas pelos agricultores da horta Colheita Feliz. As experiências continuam se encontrando para trocas e aprendizados sobre cultivos de alimentos agroecológicos nas cidades.

  • André Responder
    5 de setembro de 2018 at 14:52

    Profissionais de uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Paulo Lopes/SC estão em busca de experiências desenvolvidas em Unidades Básicas de Saúde, do SUS, que trabalham com hortas, tanto para incentivar o uso de plantas medicinais, quanto para a realização de atividades de Educação em Saúde sobre alimentação saudável. Eles ficam sabendo que existe o AeR e no guia de busca recebem a orientação de como pesquisar. Fazem uma busca pelo tema “alimentação”, fazem outra pelo tema “plantas medicinais”. Fazem também uma busca cruzada por ambos os temas. Percebem que há muitas experiências pelo Brasil. Inserem na busca a palavra “saúde”, também fazem uma busca com “SUS”. Nesse conjunto de buscas vão tomando conhecimento de um conjunto de experiências e até de encontros que tratam dos temas. Fazem uma nova busca delimitando o estado de Santa Catarina. Encontram experiências no SUS em alguns municípios, como em Florianópolis, onde há hortas agroecológicas junto das Unidades Básicas de Saúde. Ficam animados com a experiência que leram no AeR. Não faziam ideia de que em Florianópolis profissionais de saúde tem discutido a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Encontros de Agricultura Urbana. Decidem procurar a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis para avançarem com a proposta de trabalho em Paulo Lopes/SC.

  • André Responder
    5 de setembro de 2018 at 15:03

    Pesquisadores da UFMG estão desenvolvendo um trabalho em Cooperação com a FUNASA de elaboração do Plano Nacional de Saneamento Rural. Os pesquisadores visitam o AeR para encontrar experiências que estejam sendo desenvolvidas em agroecologia onde componentes do saneamento tenham centralidade (manejo de água para consumo humano, destinação e tratamento de resíduos sólidos, controle de vetores, manejo de água de chuvas e tratamento de esgotamento sanitário). No AeR eles encontram várias experiências onde captacação de água de chuva no Semiárido é central. Entram também a experiência dos Plantadores de Águas do ES e MG, onde o cuidado com nascentes é fundamental. Mas para além da questão do manejo das águas “limpas”, não encontram outras experiências. Pela capilaridade do AeR nas Redes de Agroecologia do Brasil, a partir da Articulação Nacional de Agroecologia, esse grupo de pesquisadores propõe ao AeR ações de indução do registro de experiências em saneamento, aportando recursos do projeto aprovado com a FUNASA para o desenvolvimento desta ação. No futuro espera-se que seja possível através do AeR dar maior visibilidade as diferentes iniciativas que tem sido desenvolvidas pelo Brasil no tema do saneamento, contribuindo com as pontes entre Agroecologia e Saneamento.

  • Cícero Carneiro Responder
    6 de setembro de 2018 at 02:42

    Aqui no municipio de Itaquirai existe um grupo de produtores Agroecológicos que fazem parte do Grupo de Agroecologiam Vida Terra e até o momenmomento só um produtor esta sertificado e os demais estão em fase de transição da propriedade mais um dos maiores problemas é o estagio em que se encontra o solo que esta exasausto e degradado dificultando ainda mais o êxito de recuperação e da certficaçào outro ponto importante que poderia estimular os agricultores seria uma parceria com alguma ONG que tenha interesse em na diversificação na area de Fruticultura de produção saldavel em sistema de sivicultura mais primeiro deve investir recuperação e manutenção perpermanente e na conservação do solo no momento só eu tenho o certificado de propriedade organica e gostaria de investir na area da Fruticultura em sistema de sivicultura

  • Luciane Soares Responder
    6 de setembro de 2018 at 12:13

    Na região norte, pela sua grandiosidade em área e dispersão das experiências de agroecologia, há pois, uma dificuldade identificação e troca de experiências entre camponeses. Há também muitos contextos de grandes projetos que afetam diretamente muitas dessas experiências, seja pelos processos de contaminação dos solos e manciais, seja pelos problemas sociais causados por esta aproximação. Muitos professores da região, tem dificuldade de orientar estudos e pesquisas que possam explorar estas situações, e potencializar as práticas agroecólogicas e suas relações com os projetos colonizadores. Neste sentido, a AeR propos a construção da Cartografia Social da Agroecologia, uma ferramenta cartográfica interativa que mostra, de forma regional uma lista de experiências agroecologicas, sua localização, formatos (quintais, Neas, SAF´s, Feiras, etc), organizações e que também associa a estes a localização, nomes, área dos grandes projetos, como mineração, monocultivos, pecuária, etc. Os professores passam a utilizar a plataforma como indicativo para novos estudos, visitas técnicas, e praticas de campo, bem como consulta a base de bibliográfica dos estudos já realizados, ampliando assim o leque de possibilidades da interdisciplinaridade.

  • Luciano Silva Responder
    6 de setembro de 2018 at 15:37

    Rafael, Graduando em Ciências Ambientais e pesquisador de extensão rural em artes cênicas trabalha em um Centro Vocacional Tecnológico associado ao Grupo de Estudos em Manejo Agroecológico do Solo da Universidade Federal de Goiás. Junto ao GEMAS-UFG ele teve a oportunidade de visitar o assentamento de Canudos nos municípios de Palmeiras e Campestre (GO) e imergir na experiência do convívio com a comunidade nos dois lados do rio. As viagens sazonais foram combinadas pelo grupo para a primeira semana de cada mês, sendo os custos arcados por uma bolsa aprovada pelo CVT. Por indicação de um colega Rafael conheceu a plataforma de Agroecologia em Rede e optou por realizar o cadastro gratuito pelo site. Ao realizar o cadastro escolheu por assinar a versão paga pois essa lhe daria acesso ao aplicativo de celular da AeR no GooglePlay. Optou pelo pagamento anual no valor de R$ 125,39 podendo também ter optado pelo contrato mensal no valor de R$ 15,00.
    A versão paga do aplicativo lhe dava acesso à página de seu CVT sobre a sigla de seu grupo de estudos GEMAS possibilitando conveniente acesso às imagens, relatórios, comentários, contos urbanos e contos dos moradores locais associados às localizações já visitadas pelo grupo. No painel do usuário do AeR Rafael encontrou um calendário que registra as datas das viagens já realizadas pelo GEMAS, podendo acessar os arquivos enviados pelos outros usuários do grupo referentes a cada data e local. Este painel expunha o número atual de viagens consecutivas confirmadas, realizadas e registradas pelos usuários do GEMAS; as viagens confirmadas-e-atendidas por Rafael estavam datadas em verde, as viagens não-confirmadas atendidas apenas pelos outros usuários GEMAS estavam em lilás e as viagens confirmadas e não atendidas por Rafael estavam em vermelho. No centro do painel o marcador expunha o número de viagens consecutivas confirmadas e atendidas por Rafael junto ao GEMAS: zero.

    Rafael então clicou em editar, localizou e registrou no calendário as viagens em que já havia imergido e o contador de sazonalidade aferiu: 3; ele então se pos a registrar relatos, historias, poesias, canções, mobilizações, movimentos sociais, imagens e experimentaçoes cenicas as quais se dedicou em cada data associada a cada local.

  • Letícia Responder
    6 de setembro de 2018 at 23:22

    Comunicadora de um município no ES, Débora descobriu a agroecologia em maio de 2018 nos jardins do Parque Municipal de Beagá, durante o IV Encontro Nacional de Agroecologia. No contêiner que acolheu os diversos e coloridos rostos do IV ENA, conheceu uma rede de comunicadoras e comunicadores populares de todo o país (equipe responsável pela potente cobertura colaborativa do ENA), entrando em contato também com a plataforma do AeR. Ao voltar para seu território e animada pelas experiências que teve contato, sistematiza um mapa mental com dados de coletivos, grupos e iniciativas em comunicação popular e agroecologia e as redes que participam. Informações preciosas estão relacionadas ao tipo de material produzido (texto, foto, audiovisual, literatura de cordel, teatro, música) e as expressões culturais trazidas através de sua escrita, lentes e melodias. Débora entra em contato com quatro experiências por região do país e começa a costura de uma grande exposição aberta e itinerante, retratando, através da comunicação e cultura popular, os diferentes rostos de quem constrói a agroecologia. A exposição sairá em caravana e percorrerá os territórios, culminando no XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, um processo preparatório para o CBA do Nordeste.

  • Carlos Responder
    7 de setembro de 2018 at 01:33

    Isadora é filha de Ana e Izaías – agricultor caiçara e pescador artesanal. Sua casa fica em uma comunidade no litoral do Paraná, em uma das ilhas que formam a Baía de Guaraqueçaba. Incomodada com a ofensiva tentativa de invasão das empresas agroquímicas em pequenas propriedades de produção familiar e manejo tradicional, como a que vive, a jovem estudante de Licenciatura em Educação do Campo aciona a Rede Litoral Agroecológico. A rede é uma articulação de diversos movimentos sociais, instituições de ensino, núcleos de agroecologia, cooperativas de agricultoras/es, grupos e coletivos que tecem os fios da agroecologia na maior área de preservação de Mata Atlântica do país. O movimento de pescadoras/es artesanais que Isadora participa é um dos nós dessa forte rede. No encontro mensal, após a mesa da partilha, Isadora relata sua preocupação e em coletivo decidem fazer uma busca no AeR por territórios de resistência ao uso de produtos agroquímicos e agrotóxicos. Descobrem diversas experiências de municípios que aprovaram, através da mobilização popular, leis e a implementação de políticas públicas proibindo a utilização de insumos químicos e venenos. Inspiradas nas ricas leituras (inclusive que retratam outros territórios caiçaras), possibilitadas pelos filtros da plataforma, sistematizaram uma proposta nos moldes da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos, construindo um território livre de venenos.

  • Juliana Responder
    7 de setembro de 2018 at 01:44

    Carlos é um estudante de biologia na UFV. Compõe a Comissão Organizadora Autônoma do próxima edição do Estágio Integrado de Vivências (EIV). Em uma construção horizontal e descentralizada, Carlos fica responsável por navegar pelo Rio do Tempo do EIV, trazendo as águas e seus potentes cursos, que desaguam no importante acúmulo de vivências. Faz um filtro no AeR e encontra EIVs realizados em todas as regiões do país, com suas respectivas datas, registros e memórias, biomas, participantes. A partir dos resultados, cruza os dados para encontrar a experiência que mais se assemelha ao cenário que vive. Entra em contato, marca uma conversa virtual e fortalece um dos próprios princípios do EIV: a solidariedade.

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