Transgênicos e agrotóxicos. Tudo a ver? Entrevista especial com Alan Tygel

A Cooperativa EITA, em conjunto com o DCE da Unisinos e com a organização do Seminário Alimento e Nutrição, promoveu a exibição do filme O Veneno está na mesa 2 no dia 5 de maio no campus da Unisinos, em São Leopoldo.

A Revista IHU Online publicou uma entrevista sobre o tema. Confira:

Transgênicos e agrotóxicos. Tudo a ver? Entrevista especial com Alan Tygel

“Temos um governo com uma cara popular, mas que no fim das contas manteve as velhas estruturas”, avalia o membro da Cooperativa Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão – EITA.

“O governo federal vem tentando manter uma política dupla-face de apoiar o agronegócio da maneira tradicional, com financiamentos que chegam a R$ 120-140 bilhões para a monocultura de soja e de milho, as quais já ocupam quase 90% do território agricultável brasileiro, e ao mesmo tempo faz políticas de fortalecimento da agricultura familiar camponesa”, diz Alan Tygel, em entrevista concedida à IHU On-Line pessoalmente, durante o XV Simpósio Internacional IHU “Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, que está ocorrendo na Unisinos.

Alan Tygel atua há três anos na campanha permanente “Contra os agrotóxicos e pela vida”, a partir do Comitê do Rio de Janeiro, e foi um dos assessores na produção dos documentários O Veneno está na mesa 1 e 2, dirigidos por Silvio Tendler. Defensor da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO, construída pelos movimentos sociais em torno da Articulação Nacional de Agroecologia, ele enfatiza que não é possível tratar de temas como segurança alimentar sem pensar numa proposta ampla de reforma agrária, de autonomia dos agricultores em relação às sementes e ao plantio orgânico, livre da transgenia e do uso de agrotóxicos. “Esse é um debate que nunca podemos fazer em separado. O aumento do uso de agrotóxicos no Brasil está intimamente ligado à liberação dos transgênicos no país no ano 2000 e há um aumento gradativo do número de culturas aprovadas e da área plantada de transgênicos”, assinala. E dispara: “No início dos transgênicos, havia uma falsa propaganda de que eles iriam acabar reduzindo o uso de agrotóxicos e aumentar a produtividade, mas não aconteceu nem uma coisa nem outra”.

Veja completa no site da revista.

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